Principalmente a noite, antes de dormir, a forte luz penetra no olho e confunde o relógio biológico.
A criança demora a dormir e acorda mais vezes, descansa menos.
Não só a luz, mas estímulos deixam o cérebro em alerta.
Isso pode levar a problemas de comportamento e de atenção nas aulas.
Prejudica também o processamento da memória.
O que deve ser feito:
- 1h a 2h antes de ir dormir desligar as telas;
- Reduzir a intensidade da luz emitida a noite;
- Manter o telefone longe, porém no quarto, não resolve a expectativa de receber mensagens ou de dar aquela última olhadinha, o que atrapalha o sono;
- Estudo do King`s college concluiu que e as crianças e adolescentes têm mais risco de obesidade, baixo sistema imunológico, crescimento atrofiado e depressão.
Por que?
- Porque a falta de sono a longo prazo reduz os hormônios.
- Melatonina: que prepara o corpo para dormir;
- Leptina: da saciedade;
- GH: do crescimento;
- Cortisol: do estresse, estabilidade emocional e controle das inflamações;
- Dificuldade para dormir;
- Qualidade do sono profundo cai;
- Aumento da sonolência diurna;
- Problemas de memória e concentração;
- Diminuição do rendimento escolar;
- Aumento do estressse por trauma acústico;
- Isolamento e fuga da realidade.
O estabelecimento das rotinas do dia/vigília e da noite/sono também é fundamental para a produção dos hormônios necessários para o crescimento harmonioso, corporal e mental. Transtornos de sono são cada vez mais frequentes e associados aos transtornos mentais precoces em crianças e adolescentes, além dos traumas da violência e outras doenças.
Sintomas:
Irritabilidade, agressividade, alteração do comportamento, transtornos familiares e sociais, transtorno do aprendizado escolar, estresse tóxico, ansiedade, depressão...
IMPORTANTE: ENGAJAMENTO PARENTAL, REGULAÇÃO E PARTICIPAÇÃO!
Pais digitalmente distraídos, pais indulgentes e permissivos que deixam as crianças "governarem o mundo” e sem quem estabeleça as regras – compensação. Um sentido de direito, de obter tudo sem merecê-lo ou ser responsável por obtê-lo.
Sono inadequado e nutrição desequilibrada;
Um estilo de vida sedentário;
Estimulação sem fim, armas tecnológicas, gratificação instantânea;
Ausência de momentos ”chatos” – essencial para o desenvolvimento da criatividade.
O que é preciso:
Pais emocionalmente disponíveis; Limites claramente definidos; Responsabilidades;
Nutrição equilibrada;
Sono adequado;
Movimentos em geral, mas especialmente ao ar livre;
Jogos criativos;
Interação social;
Oportunidades de jogos não estruturados;
Espaços para o ”tédio”;
Voltar ao básico, ao simples: Amizade, carinho, companheirismo.
Controle do tempo de tela por faixa etária e monitoramento do conteúdo acessado:
• Crianças abaixo de 2 anos:
• Zero horas de tela/dia. Não devam ser expostas de forma passiva às telas digitais, com exceção das videochamadas para conversar com parentes distantes
• Para crianças entre 2 e 5 anos:
• 1 hora de tela/dia com a supervisão do conteúdo acessado pelos pais ou cuidadores e a verificação da classificação indicativa dos programas por idade
• Para crianças maiores de 6 anos e adolescentes:
• 2 horas de tela/dia, a não ser em caso de trabalhos acadêmicos, estabelecendo intervalos de descanso e atividade física, restringindo o tempo de jogos online, uso de aplicativos e redes sociais
• Computadores e televisões devem estar em área comum da casa e não no quarto das crianças e adolescentes para melhor controle do conteúdo acessado/ senhas
• Os dispositivos eletrônicos devem estar desligados durante as refeições e atividades em comunidade
•As horas de sono não podem ser prejudicadas, recomenda-se que 1-2 horas antes de dormir não haja exposição a telas digitais
• Os pais ou responsáveis devem envolver-se quando ocorre o uso de tela
• Ensinar a criança ou adolescente a bloquear mensagens ofensivas ou impróprias, vídeos de conteúdo violento e sexual
• Não compartilhar senhas, fotos, informações pessoais ou exposição na webcam a pessoas desconhecidas
Evidência de que as interações pai-filho e a visualização digital da mídia afetam o desenvolvimento infantil, esses fatores raramente foram estudados em associação com os sintomas do transtorno do espectro do autismo (TEA). Este estudo de coorte encontrou maior exposição na tela e menos brincadeira de cuidador-criança no início da vida associados a sintomas posteriores de TEA. Mais pesquisas são necessárias para avaliar fatores experimentais para possíveis riscos ou efeitos protetores no TEA.
LEITURA
• Ler para os filhos desde o período gestacional
• O som da voz materna e suas histórias tem papel na estimulação sócio-cognitiva e afetiva para formação da criança
• Ler livros apropriados para faixa etária da criança
• Livros podem conter diferentes texturas, relevos, sons que favorecem as novas aquisições de conhecimento
• O momento de leitura com os filhos é muito importante
• Dar o exemplo! Manter ou adquirir o hábito de leitura!
BRINCAR
• O brincar deve sempre ser com segurança
• A criança deve brincar de diferentes formas e em diferentes espaços físicos, explorando-se ao máximo a sua capacidade sensório-motora
• Permitir que a criança brinque com objetos, movimento físico e representações
• Materiais diferentes e seguros devem ser oferecidos à criança
• Usar os jogos para ensinar o universo das regras, dos limites e do respeito
•As brincadeiras associadas à atividade física são muito importantes de serem estimuladas
IMPORTÂNCIA DA BRINCADEIRA
• Permitir que a criança crie, não necessariamente ela deve brincar com determinado brinquedo da mesma maneira
• O momento da brincadeira deve ser usado também para se trabalhar questões do dia a dia da criança
• Reservar um tempo livre para a criança brincar sem direcionamentos, criatividade, imaginação
•A brincadeira deve ser adequada a cada faixa etária
•Os pais devem reservar um tempo para brincar regularmente com seus filhos
• Defina limites e lembre-se de que você é o capitão do navio. Seus filhos se sentirão mais seguros sabendo que você está no controle do leme
• Oferecer às crianças um estilo de vida equilibrado, cheio do que elas PRECISAM, não apenas o que QUEREM
•Não tenha medo de dizer "não" aos seus filhos se o que eles querem não é o que eles precisam
•Envolva seus filhos em trabalhos de casa ou tarefas de acordo com sua idade (dobrar a roupa, arrumar brinquedos, dependurar roupas, colocar a mesa, alimentação do cachorro etc.)
•Ensinar responsabilidade e independência
•Não os proteja excessivamente contra qualquer frustração ou erro
•Errar os ajudará a desenvolver a resiliência e a aprender a superar os desafios da vida.
Uma parte das famílias acabou perdendo um pouco a referência dada à velocidade das mudanças e à rarefação do tempo de convivência com as crianças. Isso fez com que muitas acabassem terceirizando o contato com os filhos e delegando à escola aquilo que é originalmente de sua responsabilidade. Só que isso perturba a formação das novas gerações. É claro que criar pessoas dá trabalho e exige esforço. Acontece que, no meio de todas essas mudanças, alguns pais e mães ficam desorientados. Por isso, é necessário que eles encontrem apoio, em livros, revistas, grupos de discussão.
Não é só a educação dos filhos que é necessária, mas a dos pais também
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